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10.01.2017

'Minha mãe me chama de Sabiá', diz Jonathan Azevedo



Ator que se consagrou em 'A Força do Querer' é o entrevistado da coluna deste domingo.

Durante os 30 minutos de entrevista, este colunista perdeu as contas de quantas vezes Sabiá, quer dizer, Jonathan Azevedo foi parado por fãs para tirar fotos. Desde que seu personagem entrou em 'A Força do Querer', tem sido assim. E ele não reclama.


Jonathan Azevedo
Divulgação

"Minha mãe me chama de Sabiá. Fui pedir uma comida aqui na comunidade do Vidigal onde eu sempre pedi. A dona nunca botou nome. Agora a quentinha vem escrito: "Para o Sabiá, o dono do morro", conta, aos risos. Agora, Jonathan mora sozinho no Vidigal. Seus pais ficaram na Cruzada São Sebastião, uma comunidade no Leblon, na zona sul carioca. "Meus pais não saem da Cruzada por nada. É favela do Leblon, né? Ninguém quer sair". Na entrevista a seguir, o divertido Jonathan diz que foi adotado e não conhece seus pais biológicos. Ele ainda relembra da infância difícil, do câncer do pai e de quando pedia dinheiro na rua para comer no Mc Donalds. "Comi no Mc Donalds mais do que criança americana".

Como foi gravar a prisão do Sabiá?

Quase uma despedida desse momento maravilhoso que eu estou vivendo. Foi uma cena marcante.

O fato da Elvira (Betty Faria) ter se encantado com o Sabiá abriu portas para você receber cantadas de mulheres mais velhas?
Isso foi a melhor parte da minha vida. Cria uma proximidade muito grande. As crianças gostam do personagem e as senhoras ficam loucas com o Sabiá. Já ouvi adolescentes falando: "minha avó te ama". Tem meninas que falam: "eu te pegava, mas se eu aparecer com você em casa a minha avó vai ficar louca".


Jonathan Azevedo
Faya/Divulgação

Como estão as gravações nessa reta final?

Graças a Deus eu estou sendo muito requisitado para falar sobre o Sabiá e sobre a minha vida. Tá muito corrido. Eu saio da gravação e dou entrevistas, faço presenças vip... Está muito bom, graças a Deus. E estou entrando com um flashback do Sabiá para eu não sair totalmente do ar depois da prisão do personagem.

No Rock In Rio, você virou Sabiá. Ninguém te chamava pelo nome.

O meu nome também virou Sabiá. Minha mãe me chama de Sabiá. Fui pedir uma comida aqui na comunidade do Vidigal onde eu sempre pedi. A dona nunca botou nome. Agora a quentinha vem escrito: "Para o Sabiá, o dono do morro". As pessoas nas ruas dizem que eu tenho que ir lá na Rocinha pra resolver a situação (risos).

Qual é o lado bom da fama?

Eu quero desmistificar esse negócio que muitos chamam de fama. A fama, para mim, tem a boa e a ruim. Mas o sucesso só tem o trabalho, a dignidade e a perseverança. No Rock In Rio, eu não conseguia andar. Meu amigo quis ir embora porque disse que tinha tirado muita foto minha com as pessoas e não estava curtindo o show (risos). Eu gosto de lidar com as pessoas. Gosto do abraço. Acho que a gente conseguiu humanizar o Sabiá. No meio disso tudo que estou vivendo, eu estou preocupado com o tanto de amor que eu posso levar até fazendo um bandido.

E o lado ruim?

Eu adoro namorar. Mas agora não posso ficar com as meninas na rua porque todo mundo fica sabendo e acaba com os outros esquemas. Vem muita mina, mas não dá pra dar conta de todo.

Você assinou com a Globo?

Assinei, graças a Deus. Tô tendo a oportunidade de conhecer novos diretores... até o verão, esse pretinho vai estar de volta na tela.

Você faz dieta de marombeiro? Come frango com batata doce?


Não, porque eu não gosto de ficar muito forte. Penso muito nas articulações. Eu não vou pra academia pra ficar forte. Cuido da saúde e faço uma terapia na academia. Malhar se tornou um benefício espiritual. E tenho que estar bem. Pra ser galã tem que estar bem.

Você teve uma infância difícil?

Tive, mas aprendi muito sobre infância e caráter. Cresci na Cruzada e muitos amiguinhos não tiveram a minha oportunidade. Fui guardador de carro, boleiro de aula de tênis... Mesmo sendo filho adotivo, meus pais nunca deixaram que eu largasse a escola ou que desistisse dos meus sonhos. Quando tinha uns 8 anos, ia até o Leme pedindo dinheiro na rua. Na zona sul é muito bom. Voltava com uns R$ 200 em moedas. Comi no Mc Donalds mais do que criança americana. Minha mãe não sabia. A vizinha é que contou que eu ficava no Mc Donalds pedindo comida.


Jonathan Azevedo
Faya / Divulgação

Quando você descobriu que era adotado?

Isso aconteceu quando eu tinha 17 anos. Foi um pouco difícil eu compreender. No momento que meus pais me contaram, eu já tinha a visão da minha mãe grávida. No dia que minha mãe me contou, eu passei o dia deitado, chorando. Mas, na verdade, eu já tinha o maior sentimento, que é o amor. Foi nesse momento que eu aprendi o que é o amor.

Você quis saber quem são seus pais biológicos?

Sim. Eu fui a uma psicóloga e ela me disse que eu tinha uma dificuldade afetiva com as mulheres porque era mal resolvido com a questão da minha mãe. Com o tempo, vi que o que eu estava procurando, já estava comigo, que era o amor de mãe. Eu queria encontrar para ajudar a minha mãe biológica. Hoje não vou mais atrás dela.

Quais eram as profissões dos seus pais nessa época?

Meu pai era porteiro de prédio, teve câncer na faringe e ficou três anos de meio internado no Inca. Minha mãe era dona de casa e todo mundo começou a trabalhar para ajudar nas despesas. Eu comecei a trabalhar muito com os shows do Melanina Carioca. Meu irmão tinha que ajudar minha mãe a cuidar do meu pai. Isso tem uns quatro anos. Meu pai pesava 140 quilos, foi para 48 e hoje já está com 98.

Você mora sozinho?

Moro. Meus pais não saem da Cruzada por nada. É favela do Leblon, né? Ninguém quer sair.

O que ninguém sabe sobre você?

Minha vida é muito livro aberto, mas eu quero muito ser um apresentador. O último programa que teve um apresentador negro foi o Netinho de Paula. Quero muito comunicar com as pessoas que são invisíveis à sociedade, mas fazem o mundo girar, como o gari, as secretárias do lar... Queria fazer um artista passar um dia de gari e vice-versa. Eu escrevo também muita poesia. Tenho o sonho de fazer um roteiro chamado 'Dom Preto Primeiro', contando a história do Brasil sob o nosso ponto de vista. Mas não vou dar chibatada no branco.


Jonathan Azevedo
Faya / Divulgação


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